Friday, April 30, 2010



Hoje foi dia de ir à praia... Já não me lembro com quem foi ou de que cor era o autocarro. Sei que havia um colchão insuflável cheio de agua. O qual encheram com agua e rebentaram dentro do autocarro, fazendo com que a enxurrada espalhasse todos os meus pares de peúgas. Havia peúgas no suporte para as bagagens, almofadas dos assentos, por baixo deles... Enfim, foi um pandemónio, contudo eu parecia ser o mais atarefado e de todos o menos preocupado, foi deveras estranho! Estava eu a pegar nas peúgas que estavam no chão, quando há uma rapariga que se põe de frente para o pára-brisas do autocarros olhar pelo ombro. Achei estranho, mas continuei na minha senda pelas meias, até que decidi ir para o 2º andar, o qual, notoriamente, era mais luxuoso, como que uma uma zona vip, de modo a sentar-me, pois após todos aqueles olhares indiscretos enquanto apanhava peúgas fiquei com a necessidade de me distanciar. Mal chego ao 2º andar decidi ficar na primeira fila do lado do condutor. E reparei que 2 dos 3 lugares estariam ocupados, contudo decidi sentar-me no meio dos 2 lugares com as almofadas reclinadas, obviamente a marcar lugar... Olho para o lado e vejo 3 pessoas sentadas 2 rapazes e uma rapariga e para meu espanto ela tinha algumas peúgas minhas, certamente deverá te-las apanhado após a enxurrada enquanto estava distraído a apanhar as outras, pensei eu. Decidi debruçar-me sobre a almofada deitada do banco reservado e meter conversa. Olha lá! De quem são essas peúgas? perguntei. Vai pó caralho pah! Retorquiu a rapariga. Fiquei chateado, mas tentei manter a postura. Tento novamente estabelecer contacto, mas os meus olhos fecham-se. Que coisa mais bizarra, não consigo abrir os olhos, esperas! CONSEGUI! Só para descobrir que a minha visão parece um caleidoscópio molhado com um padrão axadrezado. Fechei os olhos, esfreguei-os e tentei abri-los novamente... NADA! Continuo com o mesmo sintoma, mas agora custa-me mexer e falar... Oh não está tudo a sair do autocarro... PAREM, SOCORRO, AJUDEM-ME! Ninguém me ouve. Atiro com um capacete ao vidro e outro e outro e outro e outro e outro... Está tudo a rir-se, mas não me ouvem, estarão a ignorar-me ou sou eu que já nem forças tenho para crer no real? Duas sombras, 1 osso, pó... Calma, diz-me o que tens; ouvi eu à distancia, tento abrir os olhos... Estou a ver mal, estou sem força no corpo, agarro-me com força a um dos vultos... Oiço cânticos, fecho os olhos, repouso...

Posted by Insidious :: 4/30/2010 :: 0 Comments:

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