Sunday, October 07, 2007

Cenas :/

A vida é como uma caixa de cd's de god is an astronaut, you never know what you're gonna get...
Preso num idílico mundo criado por mim proprio, no limiar da sedentarização e sedimentação de cacos velhos, presos por rotinas e hábitos, assemelhando-se a manadas de bois presos numa cerca, olhando pelos buracos a liberdade com os seus longos olhos de vidro, uma vida priviligiada que outrora os seus antepassados gozavam em comunhão com a natureza... Uma visão priveligiada num mundo onde nem tudo é aquilo que aparenta e onde a mais singela flor se revela um predador de proporções inconcebiveis na mente de alguem, que sempre conheceu uma flor pela sua delicadeza e agradável fragrância.
Hmm, cheira-me a terra humida.. Está a chover, a chuva cai no parapeito da janela.. Eu corro, paro, olho ... Uma chuva de verão.. O chão por baixo da videira continua seco. A Insidiosa flor por baixo da maldita videira, continua a definhar. Pétala a pétala o seu reino cai por terra.. Estás na fase final da tua vida! Tens de tomar uma decisão... Uma morte honrada, ainda que hostil, lenta e dolorosa pela mão da tua mãe, Natureza? Ou uma vida, sem sentido, submissa áquele que te salvou, ficando tu, para sempre envididada, com rancores, desilusões, tristeza e sem o teu precioso reino? Vulnerável orgulho recalcado... Pois bem, seja feita a tua vontade...
As sapatilhas e os chinelos estão á porta. Não, não os vou usar... O tempo esta contra ti (ouve-se musica! são os muse a cantar uma versão acústica da Time Is Running Out). Saio, sem mais delongas, resgato a flor dos maliciosos tentaculos corruptos da videira e pouso-a á chuva.. Cavo um buraco no jardim, planto a decrépita flor..
Passam-se os dias. Dias de sol, mas.. após aquele salvamento não podia deixar de nutrir aquela ligação especial. A planta ia ganhando vigor dia após dia...
Hoje chove, a flor está bem...
Cansei-me...
Tu deves-me a tua vida. Eu criei-te, posso muito bem destruir-te. Sem mais delongas retiro a flor da terra, volto a por no vaso debaixo da videira. Sem sol e sem agua. Alguns dias passaram e a flor voltou ao seu decadente estado.. Eu ri-me, entrei em casa, limpei os pés e fui para o parapeito ver onde a chuva não caía com o leal companheiro dum dia de chuva o gato 'Gato'. Ligo a Televisão, bolachas na mão, deito-me na cama e tudo não passou de um sonho... Assim se passaram mais uns dias na quinta do faz de conta, enclausurada numa cidade com mais perigos do que um homem com o poder sobre a vida de um ser vivo... A tua liberdade acaba, onde começa a do outro... porquê uma flor? porque não uma flor?





Fiel Companheiro bate-sornas :)

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Posted by Insidious :: 10/07/2007 :: 2 Comments:

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